UNICEF e ABC promovem encontro de oito países africanos em Fortaleza

UNICEF e ABC promovem encontro de oito países africanos em Fortaleza

|

Helder Cortez | Diretor da Cagece

É muito gratificante repassarmos conhecimentos do modelo de gestão SISAR e da Cagece para outros países, somos exemplo nacional e internacional, é no estado do Ceará que encontramos politicas públicas que fomentam e ajudam a fazermos o saneamento básico em nossa região.

Representantes de governos de oito países da África Oriental e Meridional, acompanhados de oficiais dos escritórios do UNICEF em cada país, estão em Fortaleza para compartilhar e fortalecer experiências de políticas públicas para água e saneamento. O encontro é realizado pelo UNICEF Brasil em conjunto com a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), parte do Ministério das Relações Exteriores, e apoiado pelo Escritório Regional do UNICEF para a África Oriental e Meridional (Esaro).

A delegação reúne mais de 70 pessoas de Moçambique, Namíbia, Essuatíni, Malaui, Madagascar, Burundi, Etiópia, Angola e Brasil, entre representantes dos governos e especialistas em Água e Saneamento do UNICEF nesses países. Também participam representantes dos Ministérios da Saúde e do Desenvolvimento Regional, da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), Secretaria de Cidades do Ceará, Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), Agência Reguladora do Estado do Ceará (Arce) e Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Ceará (COGERH), além de representantes do município de Fortaleza.

O grupo está no Brasil por uma semana e, além de Fortaleza, visitará instalações e terá encontros com agentes públicos locais em outras quatro cidades do estado: Cascavel, Eusébio, Jaguaruana e Russas.

“O objetivo é colaborar com o ODS 6, Água Potável e Saneamento, fortalecendo as políticas públicas e equipamentos para saneamento, por meio da Cooperação Sul-Sul Trilateral. Este é um desafio global e permanente, e ainda mais importante nos países África Oriental e Meridional, onde mais de 70% da população não tem acesso a saneamento”, explica Liliana Chopitea, chefe de Políticas Sociais, Monitoramento & Avaliação e Cooperação Sul-Sul do UNICEF no Brasil. Mais de 480 milhões de pessoas vivem nesses países atualmente e, de cada cinco, quatro (340 milhões) não têm como lavar as mãos com água e sabão e uma (98 milhões) ainda pratica defecação a céu aberto.

“A Cooperação Sul-Sul do governo brasileiro visa contribuir para o desenvolvimento sustentável dos países, que têm seus planos nacionais e atividades que podem envolver organizações internacionais como o UNICEF. Então é estratégico estabelecer essa colaboração para compartilhar com outros países capacidades nas áreas em que o UNICEF atua”, diz Cecília Malaguti, coordenadora de Cooperação Sul-Sul com Organismos Internacionais da ABC. “Identificamos juntos quais instituições brasileiras teriam os programas e iniciativas mais bem-sucedidas que poderiam ser referência para esses países convidados. Neste caso, identificamos o Governo do Ceará como um bom exemplo de tecnologias de saneamento com experiências que podem ser mais bem adaptadas às condições e necessidades desse grupo específico de países”, completa.

“Sem parcerias e sem cooperação, não há desenvolvimento. Dessa forma, o UNICEF acredita fortemente que a Cooperação Sul-Sul representa uma estratégia importante para os avanços que ainda precisamos promover e garantir, especialmente para as populações mais vulneráveis, sem que ninguém fique de fora”, conclui Dennis Larsen, chefe do UNICEF para o Semiárido brasileiro.

Publicação original: unicef.org/brazil

Projeto Coca-Cola
Verified by ExactMetrics